Léo da Bodega celebra o caos, a cultura carnavalesca e a energia de Olinda na inédita “Som das Ladeiras”

O artista pernambucano volta a trabalhar com o Los Brasileros, trio de produtores vencedor do GRAMMY®, em single que chega às plataformas

Tudo que eu vejo, sinto e ouço no período carnavalesco aqui em Olinda e faz o coração pulsar: a cultura, a euforia, o caos”. É assim que Léo da Bodega define o “Som das Ladeiras”, novo single que já está disponível e foi produzido pelo Los Brasileros, o trio de produtores vencedor de dois GRAMMYs® ao lado de Karol G. De clima eufórico, a música levanta a bandeira de Olinda ao abordar a resistência, a força e a importância de todas as culturas que permeiam as ladeiras: as galeras, o papangu, a ‘la ursa’, a orquestra, o terno, os vaqueiros da cidade e as favelas.

Com o Carnaval, vem a energia de confraternização, a vontade de extravasar e de se expressar como em nenhum outro momento da vida. A beleza de se observar todos esses pontos que movimentam essa energia – os blocos, os ensaios das orquestras de frevo, as rodas de coco, os arrastões das galeras gritando e levantando a bandeira do seu bairro – inspiraram o artista a escrever “Som das Ladeiras”. Uma verdadeira celebração à sua cidade natal e ao povo olindense, que ama seu lugar e defende com unhas e dentes tudo que vem dele.

Olinda tem uma cultura muito forte de bairro, de ir para as festividades com seu grupo, gritar as siglas atrás das orquestras. Ver o vaqueiro montado no cavalo circulando no meio do Carnaval. Tem o papangu, que é uma fantasia conhecida por ‘palhaço’ e que usa uma máscara de tela pintada, carregando um mistério de quem se esconde na folia. E eu consegui trazer todos esses signos para o videoclipe. Gravamos no Sítio Histórico de Olinda, onde pude trabalhar novamente com a Flora Negri e Alê Henri, que entenderam o meu desejo de apresentar um retrato do meu dia a dia. Andar por Olinda é se deparar com esses símbolos, cores e estilos tão associados à nossa cultura”, conta Léo sobre o audiovisual.

Som das Ladeiras” é a primeira amostra de “Botija de Luxo”, continuação do álbum anterior do artista, que contará outras histórias de uma perspectiva “pós-Botija”, além de fazer reverência à excelência musical pernambucana. “Impossível não mencionar Alceu Valença, que misturou a psicodelia com frevo e maracatu nos anos 1970, uniu reggae e xote em ‘Morena Tropicana’, que virou hino do Carnaval de Olinda. Temos a Academia da Berlinda, que trouxe a cumbia em outro momento. A ciranda de Baracho e Lia. ‘Botija de Luxo’ terá influências urbanas contemporâneas como o trap, mas que irão dialogar com todos esses ritmos e referências que tiveram destaque no cenário nacional”, adianta Léo da Bodega.