“Margareth Menezes” (1988) e “Elegibo” (1992) chegam às plataformas de música nos dias 13 e 20 de outubro
Dois trabalhos fundamentais para a carreira de Margareth Menezes e ainda inéditos no streaming chegam às plataformas nos próximos dias. Não por acaso, outubro, mês em que a artista celebra mais um ano de vida, foi escolhido por ela e pela Universal Music como o momento ideal para o relançamento de “Margareth Menezes”, seu primeiro álbum de carreira, lançado em 1988, e “Elegibo”, de 1992, que traz no título a faixa que estourou seu nome Brasil afora. Os álbuns chegam ao streaming nos dias 13 e 20, respectivamente.
Em um ano marcado por conquistas importantes na carreira artística, inclusive com a realização da sua 24ª turnê internacional, que aconteceu em julho, na Europa, durante as férias ministeriais, Margareth Menezes fortalece um movimento de relançamento de toda a sua discografia nos streamings de música. Das 17 obras lançadas em 37 anos de carreira, 11 já estão nas plataformas e o restante em processo de relançamento.
De 1988, o autointitulado “Margareth Menezes”, seu álbum de estreia lançado originalmente em LP, chega às plataformas em 13 de outubro, dia do aniversário da artista. À época, recém-contratada pela então Polygram, Margareth Menezes aos 26 anos gravava pela primeira vez em estúdio um álbum completo. “Eu ainda fazia teatro, cantava na noite e essa contratação veio como uma grande surpresa pra mim. O disco foi uma virada de chave na minha carreira. Além de trazer composições de artistas importantes como Geraldo Azevedo, Capinam, Paulo Debétio e Jorge Portugal, nele gravei pela primeira vez canções que são emblemáticas na minha carreira”, lembra a artista.
O registro fonográfico rendeu dois troféus Imprensa de Melhor Disco e Melhor Cantora, contando com uma turnê que percorreu o Brasil e a Argentina. Entre as faixas, as primeiras gravações de hits icônicos de Margareth Menezes como “Uma História de Ifá (Elegibo)”, canção que a fez estourar internacionalmente em 1990, e “Alegria da Cidade”. “Essa música, de Lazzo e Jorge Portugal, é um hino do afropop brasileiro. Para mim, ela inaugura esse comportamento musical do afropop brasileiro, no sentido desse pensamento aqui na Bahia, porque ela diz muito tanto na questão melódica quanto no arranjo. É uma música que precisa ser tocada, precisa ser ouvida e entendida”, explica Margareth.
Elegibo
Faixa-título do seu terceiro álbum de carreira, “Elegibo” foi uma obra definitiva na carreira de Margareth Menezes. A música chegou em setembro de 1990 ao topo da Billboard World Albums, nos Estados Unidos, e liderou a lista por onze semanas, além de virar comercial da Schweppes na Europa, sendo até hoje uma das músicas mais tocadas do mundo.
Foi a partir dela que, em 1990, David Byrne, líder do grupo Talking Heads, convidou Margareth para fazer o show de abertura da turnê mundial Rei Momo, além de fazer participações especiais durante o show. A turnê passou pela América do Sul, América do Norte, Finlândia e Rússia (na época União Soviética), num total de 42 países, e foi essencial para que a artista se tornasse conhecida mundialmente.
Clipe inédito
A música dá nome ao terceiro álbum de Margareth Menezes, “Elegibo”, relançamento que chega no streaming no próximo dia 20 de outubro. Reunindo as principais canções do primeiro e do segundo álbum da cantora, “Um Canto Pra Subir” (1991), o disco teve quatro lançamentos com capas diferentes na Europa, nos Estados Unidos e no Japão. “Esse trabalho condensa os meus dois primeiros discos e inaugura uma linguagem de música popular brasileira que as pessoas não conheciam lá fora. Foi a partir da gravação desse disco que o samba reggae chegou às rádios internacionais pela primeira vez”, relembra a artista.
“Elegibo” chega ao streaming acompanhado de um clipe inédito gravado no início dos anos 90. A produção tem como cenário o Museu de Arte Moderna da Bahia, o MAM, e o vídeo sairá também no dia 20 de outubro no canal oficial do YouTube de Margareth Menezes.
“Os discos chegam agora nas plataformas digitais de música e é interessante porque neles é possível contemplar a textura sonora daquela época, em que tudo era mesmo tocado, não havia esse aparato de tecnologia. Tudo era afinado pela maestria dos músicos, dos técnicos. Por isso, há neles uma sonoridade muito viva”, completa Margareth Menezes.