Com críticas ácidas, KING Saints apresenta a força do lado B do pop em “Se Eu Fosse Uma Garota Branca”

Ao lado de produtores consagrados, a dona da voz e da caneta lança seu primeiro álbum e mostra que a #KingTaNoSom e no comando

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A braba vem afiada! KING Saints acaba de lançar seu primeiro álbum de estúdio, bem como a faixa-título, ambos intitulados “Se Eu Fosse Uma Garota Branca”. Com uma temática que explora temas sociais e críticas incisivas de uma maneira que só ela sabe “como dar o papo”, o projeto conta com a produção de Marcel e do trio Los Brasileros

KING Saints possui indicações ao Latin GRAMMY® por seu trabalho de composição em “DOCE 22”, de Luísa Sonza (em 2022), e “AFRODHIT”, de IZA (recém-indicada à edição de 2024).

’Se Eu Fosse Uma Garota Branca’ não é apenas um álbum. É um chamado para a reconstrução da identidade em um país marcado pela diversidade, mas também pelo racismo. Eu convido a uma reflexão sobre os atravessamentos do preconceito racial na jornada de jovens artistas e na construção de identidades em um mundo que insiste em nos definir por nossa cor de pele. Este álbum existe porque estive, a vida inteira, cercada por mulheres negras que se esforçam incansavelmente para proporcionar uma vida melhor para si e para os outros. Mulheres que estão na base desta sociedade, que cresceram ouvindo: ‘Você é negra, precisa ser mil vezes melhor para não perder a vaga.’ Mulheres que duvidaram da própria beleza, até mesmo da capacidade de conquistar e merecer as coisas boas da vida”, pontua.

O álbum contém 11 faixas, incluindo colaborações de peso com artistas como Karol Conká (em “Kanhota”), MC Soffia (em “Cinderela”), Leoni (em “Dançar”), MC Danny (em “Caloteiro) e outros mais. Cada faixa parece carregar um pedaço da visão crítica e do humor afiado que KING Saints imprime em seu trabalho. “‘Se Eu Fosse uma Garota Branca’ não é o desejo de ser uma, mas sim um acalanto para as mulheres negras que se sentiram isoladas nesse sentimento de impotência. Você não está só, eu não estou só! Não somos todos iguais, e isso é lindo. Somos uma comunidade ancestral”, finaliza.

*Foto KING Saints / Crédito: Maicon Douglas