TODAS AS CANÇÕES ESCRITAS UNICAMENTE POR JOHNNY CASH, UM DOS MAIORES COMPOSITORES DOS ESTADOS UNIDOS
PRODUZIDO POR JOHN CARTER CASH E DAVID “FERGIE” FERGUSON, APRESENTANDO GRAVAÇÕES NOVAS DA BANDA FORMADA POR
MARTY STUART, DAVE ROE, PETE ABBOTT E OUTROS MÚSICOS, E MAIS OS CONVIDADOS ESPECIAIS DAN AUERBACH E VINCE GILL
A PRIMEIRA FAIXA, “WELL ALRIGHT”, JÁ ESTÁ DISPONÍVEL NO STREAMING
“SONGWRITER” SAI EM 28 DE JUNHO VIA MERCURY NASHVILLE/UMe
Los Angeles – 25 de abril de 2024 – No começo de 1993, o lendário Johnny Cash se viu sem contrato, após uma carreira de quase quatro décadas, e gravou um álbum de demos de composições no LSI Studios, em Nashville, com músicas que havia escrito ao longo de muitos anos. Na época, o LSI era propriedade de seu genro Mike Daniels e de sua filha Rosey, e ele queria ajudar a família financeiramente, ao mesmo tempo em que gravava músicas pelas quais tinha um carinho especial. Pouco tempo depois da frutífera sessão, Johnny conheceu o produtor Rick Rubin, essas gravações foram arquivadas, e os dois embarcaram em uma importante e prolífica parceria musical que revitalizou a carreira do Man in Black até o fim de sua vida.
Trinta anos mais tarde, John Carter Cash, filho de Johnny e June Carter Cash, redescobriu as músicas e as reduziu apenas aos vocais poderosos e cristalinos de Johnny e ao violão. Ele e o coprodutor David “Fergie” Ferguson convidaram músicos escolhidos a dedo que tocaram com Johnny, incluindo o guitarrista Marty Stuart e o falecido baixista Dave Roe, além do baterista Pete Abbott e vários outros, para se juntarem na Cash Cabin, espaço sagrado em Hendersonville, Tennessee, onde Johnny compunha, gravava e relaxava. A missão: dar nova vida às faixas, levando o som de volta às raízes e ao coração daquelas músicas.
Com lançamento marcado para 28 de junho pela Mercury Nashville/UMe, o apropriadamente intitulado álbum “Songwriter” apresenta músicas escritas exclusivamente por Johnny Cash, um dos maiores compositores e contadores de histórias dos Estados Unidos. Voltando o foco para as composições do próprio Johnny, a coleção de 11 faixas mostra a amplitude de uma escrita que sempre alcançou a grande extensão da condição humana. Há canções de amor, família, tristeza, beleza, salvação espiritual, sobrevivência, redenção e, claro, um pouco do humor leve pelo qual Johnny era conhecido; todas elas cantadas com sua inconfundível voz, sua marca registrada.
“Songwriter” estará disponível para streaming e download, e também em CD e em uma variedade de opções de vinil, incluindo o preto padrão e diversas variantes de cores de edição limitada.
Ouça “Well Alright” aqui
Faça a pré-encomenda de S “Songwriter” aqui
“O conselho que meu pai dava para qualquer coisa, na vida ou na música, era sempre ‘siga seu coração’”, disse John Carter. Foi o bom senso do pai que o guiou em cada passo do caminho ao criar “Songwriter”. Depois de reduzir as gravações originais apenas aos vocais e ao violão de Johnny, ele procurou Fergie, um velho amigo e engenheiro de Johnny há quase trinta anos, e os dois começaram a criar um álbum que honrasse e amplificasse as composições e a voz atemporal de Johnny, mantendo-se fiel ao espírito das gravações.Junto com John Carter, Fergie é, sem dúvida, uma das pessoas que mais sabia do que Johnny gostava quando se tratava de gravação, pois eles trabalharam juntos no início dos anos 80, quando ele era o engenheiro de som dos estúdios de Cowboy Jack Clement, onde Johnny sempre gostava de gravar. Ele continuaria a trabalhar com Johnny em muitos discos, incluindo a maioria de seus álbuns pela Mercury e a aclamada série “American Recordings” com Rick Rubin. Gravou com Johnny até os últimos dias do cantor, em 2003. “Ele sempre foi meu herói. Me senti a pessoa mais sortuda do mundo por ter gravado com ele”, disse Fergie.
Quando chegou a hora de montar uma banda, dois músicos eram imprescindíveis: o guitarrista Marty Stuart, que tocou com Johnny em sua banda de apoio, The Tennessee Three, de 1980 a 1986, e o saudoso baixista Dave Roe (morto em setembro de 2022), que fez turnês com a banda de Johnny, começando no início dos anos 90 e permanecendo por quase uma década. Para Roe, a experiência foi uma chance de refazer a experiência: ele havia tocado na sessão original de 1993, quando, apesar de ser um excelente baixista elétrico, era tão novo no baixo acústico, que ficava insatisfeito com sua execução. De fato, depois de um show nessa mesma época, Johnny deu a Roe dinheiro para fazer aulas e disse que ele tinha seis meses para aprender. Roe se tornaria um dos melhores baixistas acústicos do mundo e tocaria em centenas de álbuns antes de morrer. As sessões de “Songwriter” foram provavelmente suas últimas sessões.
O baterista Pete Abbott, famoso pela participação na Average White Band, entre muitas outras bandas, foi trazido para completar o trio que gravou junto e separadamente no Cash Cabin, o santuário e espaço de estúdio que Johnny construiu em sua propriedade em 1979 (e onde John Carter continua a gravar). Vários outros dos melhores músicos de Nashville, como Ana Cristina Cash (vocais de apoio), Matt Combs (violão, bandolim, cordas), Mike Rojas (órgão Hammond B3, piano), Russ Pahl (violão e guitarra, baixo, dobro, guitarra steel) e Sam Bacco (congas, percussão) foram recrutados para completar a banda na maior parte do álbum, enquanto outros como Kerry Marx, grande guitarrista do Grand Ole Opry, e o vocalista Harry Stinson participaram de algumas músicas. “Todos esses caras são os melhores, a nata dos músicos”, disse Fergie.
Dan Auerbach, do Black Keys, toca um solo de guitarra bluesy na faixa “Spotlight”; Vince Gill empresta sua voz aveludada a “Poor Valley Girl”. O grande amigo de Johnny e lenda do estilo outlaw country (country fora-da-lei), Waylon Jennings, canta em duas músicas das sessões originais, “I Love You Tonite” e “Like A Soldier”.
“Ninguém toca Cash melhor do que Marty Stuart. E Dave Roe, é claro, tocou com meu pai por muitos anos”, disse John Carter. “Os músicos que entraram estavam apenas acompanhando meu pai, sabe? Gravando com ele, coisa que, assim como Marty e Dave, já haviam feito muitas vezes antes. Então eles conheciam suas energias, seus movimentos e deixaram que ele fosse o guia. Foi apenas tocar com Johnny mais uma vez, foi isso que aconteceu. Essa foi a energia da criação”.
Embora os músicos tocassem bem nas gravações originais de 1993, a qualidade do som deixava a desejar, pois associava as músicas a uma época específica. Ao gravar com uma banda totalmente nova, John Carter, Fergie e o engenheiro Trey Call trouxeram Johnny para os processos contemporâneos e criaram um disco incrível, que soa como se ele tivesse gravado hoje.
“Fizemos tudo de forma rudimentar”, disse John Carter, explicandos sua abordagem. “Fomos direto às raízes, no que diz respeito ao som, e tentamos não aprimorá-lo demais. Criamos como se meu pai estivesse na sala. Foi isso que tentamos fazer. Fergie e eu passamos milhares de horas com papai no estúdio de gravação, então tentamos agir como se ele estivesse lá: WWJCD, certo?”
“Acho que esse disco é como eu gostaria de tê-lo feito, se estivesse no comando de um disco, antes de Rick Rubin ou depois de Jack Clement”, disse Fergie. “Eu conheço John Carter desde que ele era garoto, então foi ótimo finalmente trabalhar com ele. Ele me deu muita liberdade, especialmente em termos de grooves e outras coisas. Nós seguimos a mesma linha. Nunca houve uma conversa ou um plano sobre um produto final, era só fazer o melhor que podíamos fazer”.
“Songwriter” começa de forma poderosa com a faixa de abertura, “Hello Out There”, uma música premonitória, que soa como se Johnny tivesse vindo do além, preocupado com a humanidade e com o estado do mundo, enquanto canta, solene: “Hello out there/ This is planet Earth/ Calling Calling Calling Calling Calling Calling Calling” (facilitando os ecos). Depois continua: “Hello out there/ our net worth is/ Falling Falling Falling Falling Falling Falling Falling”. À medida que a música prossegue, ela cresce com um glorioso turbilhão de licks de guitarra espaciais de Marty Stuart, cordas, violão de aço, bateria, vozes angelicais e a mensagem de salvação de Johnny, situando-se sonoramente em algum lugar entre o country cósmico e o gospel. Gravadas pouco antes de Johnny ter sido chamado pelo U2 para a faixa encerramento do álbum “Zooropa”, “The Wanderer”, as músicas poderiam ser uma espécie de primas “celestiais”. “Acredito que meu pai a escreveu sobre a nave espacial Voyager, por volta da época de seu lançamento”, disse John Carter. “Lembro-me dele sentado no escritório de Cowboy, cantando para ele.”
Na época da gravação original, Johnny estava em um ótimo momento, tanto mental quanto vocalmente. As músicas que ele escolheu para gravar eram pessoais e foram escritas ao longo de muitas décadas, sendo que algumas datam de meados ou do final dos anos 70. “I Love You Tonite” é uma carta de amor para sua amada esposa June Carter Cash; “Poor Valley Girl” é sobre June e sua mãe, a pioneira do country, Maybelle Carter, provavelmente foi escrita após o falecimento dela em 1978. “Drive On” foi inspirada na dor crônica que sofreu devido a uma mandíbula quebrada no início dos anos 1990 e trata das dificuldades enfrentadas pelos veteranos na Guerra do Vietnã. “Acho que, para encontrar paz com sua própria dor física, ele queria sinceramente entender como se sentiam outros por aí que tinham dores maiores, que tinham TEPT (transtorno de estresse pós-traumático) mais profundo, para ganhar mais humildade ou para ganhar mais aceitação de sua própria condição”, disse John Carter que encerra a música em um duelo de guitarras psicodélicas com Wesley Orbison.
“Like A Soldier” trata de sua luta contra o vício e sua recuperação. “É algo que ele escreveu depois de seu primeiro período em um centro de rehabilitação”, disse John Carter. “Ele sentiu que era como um soldado que estava se recuperando de uma guerra. O adversário que ele estava combatendo, seu inimigo, era o vício. Ele estava entrando em uma nova vida e tinha a grande oportunidade de se curar. Foi daí que surgiu a música.” Tanto “Drive On” quanto “Like A Soldier” foram incluídas com gravações e arranjos diferentes no primeiro álbum de Johnny pela American Recordings em 1994. Mas agora “Songwriter” traz as primeiras gravações.
Outras faixas, como a homenagem “Have You Been to Little Rock?”, mostram Johnny expressando orgulho por sua terra natal com uma bela melodia tradicional. “She Sang Sweet Baby James” é uma música carinhosa sobre uma jovem mãe solteira cantando “Sweet Baby James”, de James Taylor, para confortar seu bebê. Johnny era fã de Taylor desde que ele se apresentou na primeira temporada do “The Johnny Cash Show”, em 1971. O cantor também revisita uma de suas joias menos conhecidas, “Sing It Pretty Sue”, lançada originalmente em 1962 no álbum “The Sound of Johnny Cash”.
No início dos anos 1990, quando a música country estava mudando, Johnny se viu em um momento de calmaria em sua carreira, apesar de seguir forte e afiado em composição e voz. “Meu pai provavelmente estava saudável como nunca. Acho que essa voz, que foi meio ignorada na época, precisa ser ouvida”, disse John Carter. “Merecia mais atenção aquele homem naquela idade, naquele momento específico da vida. Infelizmente, na época, ele não recebeu tanto quanto deveria.”
Para John Carter, trabalhar na música de Johnny é uma forma de catarse e comunhão com seu pai. “Não se trata de vender Johnny Cash, ele mesmo estaria fazendo isso”, disse. “Sou grato por este disco estar aqui, ainda que fosse apenas para mim, porque ele me faz lembrar quem era meu pai. Acredito que há pessoas por aí que o conheceram em um nível parecido com o meu que ficarão igualmente tocadas. Mas também acredito que há pessoas que nunca ouviram a música de meu pai e que encontrarão um novo interesse ao ouvir a voz dele neste álbum. Espero que desperte a curiosidade das pessoas e que elas se aprofundem e descubram mais, pois há muito o que ver nessas páginas”.
Fergie comenta sobre o que Johnny poderia pensar a respeito de “Songwriter”: “Acho que diria o que disse sobre todos os discos em que trabalhei com ele. Em todos os discos que ele já fez, quando chegou ao fim, ele sempre disse: ‘Acho que é o melhor que já fiz’. Você podia contar com isso. Eu poderia ouvir a voz dele dizendo isso. Acho que ele ficaria muito orgulhoso”.
Essencialmente, “Songwriter” tem como objetivo colocar os holofotes de volta no lado compositor de Johnny Cash. “Eu queria que fossem músicas que a maioria das pessoas não tivesse ouvido e que prestassem muita atenção em quem ele era como compositor e quem ele era como voz americana”, explica John Carter. “Um dos meus focos nos últimos 10 anos é garantir que, da melhor forma possível, dê-se à história a oportunidade de notá-lo como o grande compositor que é. Bob Dylan diz que ele é um dos maiores compositores de toda a música americana, e eu concordo. Quero colocar isso em primeiro plano. Sua voz como autor, especificamente, é uma voz que, se os Estados Unidos quiserem conhecer sua história, acho que esse é um bom lugar para se começar a procurar. Johnny Cash é, sem dúvida, uma voz verdadeira que podemos ouvir integralmente em seus textos próprios”.
JOHNNY CASH – “SONGWRITER”:
CD/DIGITAL
1. Hello Out There
2. Spotlight
3. Drive On
4. I Love You Tonite
5. Have You Ever Been to Little Rock?
6. Well Alright
7. She Sang Sweet Baby James
8. Poor Valley Girl
9. Soldier Boy
10.Sing It Pretty Sue
11. Like A Soldier
VINYL
Side A
1. Hello Out There
2. Spotlight
3. Drive On
4. I Love You Tonite
5. Have You Ever Been To Little Rock?
Side B
1. Well Alright
2. She Sang Sweet Baby James
3. Poor Valley Girl
4. Soldier Boy
5. Sing It Pretty Sue
6. Like A Soldier