O ÁLBUM “ÁGUA DA MINHA SEDE”, DE ZECA PAGODINHO, GANHA VERSÃO EM LP DUPLO, JÁ DISPONÍVEL NA UMUSIC STORE

Um dos mais festejados álbuns de Zeca Pagodinho está de volta. A Universal Music lança “Água da Minha Sede” (2000) no inédito formato vinil duplo, disponível na UMusic Store. Depois do estrondoso sucesso do CD ao vivo lançado em 1999, Zeca emplacou novos hits entre as 16 faixas deste disco produzido pelo habilidoso Rildo Hora. 

A começar pela faixa-título, um samba calangueado, feliz parceria de Dudu Nobre e Roque Ferreira. Respeitando a tradição e promovendo novidades, o boêmio mais famoso de Irajá canta a fidalguia da Velha Guarda da Portela em “Nunca vi você tão triste”, samba sensível da dupla Monarco e Ratinho, autores de “Vai vadiar” (1998).

Ele também reverencia o Império Serrano, em “Delegado Chico Palha” (1938), de Tio Hélio e Nelson Campolino. Pagodinho cai no maxixe em “Jura” (1928), do seminal Sinhô, tema de abertura da novela “O cravo e a rosa”. O bamba Elton Medeiros participa da dolente “A ponte”, de sua autoria com Paulo César Pinheiro.

Samba de tons rurais, “Cabocla Jurema”, de Efson e Nei Lopes, também se destaca. Única composição assinada por Zeca (em parceria com Sombrinha e Arlindo Cruz), o ótimo “Alto lá” fez parte da trilha da novela “O Clone”. A malandragem, muitas vezes gaiata, bate ponto em “Maneco Telecoteco” (Alcy Lopes/ Roberto Marques), e “Vacilão” (Zé Roberto), dois daqueles tipos pinçados dos subúrbios cariocas, que Zeca canta como ninguém. “Água da Minha Sede” faz parte da grande discografia de um sambista de fato, tipo raro, que conquistou o público cantando o samba que o povo gosta de ouvir.