A tecnologia e a inovação são características do povo preto, que nasceu em África há 350 mil anos. Imagina a quantidade de saberes e potencialidades dessa nação que habita nessa terra por todo esse tempo?! Tal perspectiva, no âmbito musical, deu base à criação deste novo projeto de música ancestral, de Thiago Thomé, visando ampliar luz à diversidade rítmica e moderna que se espalhou pelos continentes e influenciou gêneros e artistas – do Rock ao Samba. É fato que não se tem conhecimento de ritmo que faça balançar que não seja de origem preta. Aprofundando os porquês, de onde vem esse balanço? O que nos faz ouvir essa música pulsante e não conseguir ficar parado? Vem do tambor, tambor esse tocado para as divindades, para os Orixás. E cada toque tem seu porquê, cada “levada” tem seu propósito, entender tudo isso e saber adicionar a cada ritmo, é o que faz a música preta, ser ancestral e ao mesmo tempo moderna, ela se recicla e assim se mantém.
Hoje, já se vê Beyoncé trazer a África em seus álbuns, a Nigéria ganhar as paradas musicais e,por aqui, nós sempre tivemos o samba, e posteriormente com o “Funk Brasil” , temos destacado nossa ancestralidade na música! Agora, queremos tomar posse e criar, sim, nossa bandeira diaspórica, reunindo tudo que é nosso para espalhar pelo mundo!
É neste contexto e com tais propósitos que Thiago Thomé traz seu novo álbum intitulado: “Para Pretos, Pardos e Simpatizantes”, pela Universal Music Brasil, de início, o EP 1 com 4 faixas autorais e inéditas: “Atotô, meu Amor”, “Quatro búzios para cima”, “Pra te namorar” e “Ama lá”. Todas as composições destacam temas como: Matrizes Africanas, Antirracismo, Amor Preto, Afrocentrismo, Afrofuturismo e afins. O álbum tem a produção musical de Léo Mucuri e direção artística do próprio Thomé com Adriana Milagres. Thiago Thomé convoca: “vamos celebrar nossa ancestralidade!?!”