James Strauss é claramente um virtuoso notável, com agilidade espetacular e um tom excepcionalmente doce. Esta maestria musical é sustentada pelo seu charme natural latino, energia e sagacidade. Hoje, o premiado flautista brasileiro traz sua energia radiante, alegria de viver e musicalidade magistral para seu novíssimo álbum clássico, “Lux Æterna” (em latim, ‘Luz Eterna’), via Cri du Chat Disques/ Universal Music.
Em seu novo álbum, Strauss se inspira em quatro compositores diferentes do século XX: Clint Mansell, Alfred Schnittcke, Arvo Pärt e Dimitri Cervo. Da primeira até a última faixa, Strauss usa seu ofício para entregar uma linda mensagem de esperança e otimismo – uma mensagem que se sente particularmente vital nos tempos difíceis de hoje.
Talvez a mais popular dessas obras primas modernas seja a obra de Clint Mansell, “Lux Æterna”, que fez parte da trilha sonora premiada do icônico filme de 2000, “Requiem para um sonho”, de Darren Aronofsky. Lançado há 21 anos, é um filme bem lembrado por sua poderosa e majestosa trilha sonora original – “Lux Æterna” tem sido usado para promover filmes desde então, incluindo “O Senhor dos Anéis: As Duas Torres”.
Enquanto isso, as interpretações de Strauss sobre as peças polistilísticas de Alfred Schnittke, “Suite in old style” e “Declaration of love”, prestam homenagem a mistura dramática de passado e presente do compositor. Conhecido como o ‘Enio Morricone soviético’, Schnittke funde seus trabalhos com uma compreensão do potencial dramático da atonalidade particularmente na “Declaration of love”, essa joia assombrosa que apareceu no filme russo “A Fairytale of Wanderings”, de 1983.
Composta em 1978, “Spiegel im Spiegel” é a música mais conhecida do compositor estoniano Arvo Pärt. Ela é originalmente escrita para piano e violino, a simplicidade meditativa e serena da peça é um exemplo brilhante de música minimalista – uma peça apresentada lindamente pela flauta de Strauss.
Strauss encerra seu álbum de música clássica contemporânea com as impressionantes obras do proeminente compositor brasileiro Dimitri Cervo. Suas composições, que incluem Toro-Lobiana, Canauaê e Pattapiana, foram amplamente executadas em todo o mundo. As principais obras de flauta foram inspiradas pelo próprio Strauss, que encomendou dois concertos de flauta e peças de música de câmara. No álbum está a versão integral das belas peças de Cervo para flauta e piano – que vão de 1987 a 2011 – das quais evocam uma paisagem brasileira sonhadora ao ouvinte.
Strauss é acompanhado pelo brilhante pianista grego Vasilis Tsiatsianis, que dá um toque mais que especial nessa primeira colaboração desses dois brilhantes artistas.