Com um álbum que mescla romantismo e acidez nas letras, emolduradas em belas melodias que passeiam por diversos estilos, a banda Zé de Albuquerque lança hoje seu homônimo álbum de estreia, pelo selo Astronauta, distribuído pela Universal Music. O repertório conta com nove canções autorais, que confirmam o vigor artístico do trabalho, que mistura pop, rock e MPB. Ouça e baixe aqui. Hoje, também é apresentado o lyric video da faixa “O Mar”.
Assista agora:
O trabalho foi gravado no estúdio Toca da Cotia, em Niterói (RJ), com direção artística de Leonardo Rivera e produção de Igor Bilheri e masterizado por Pedro Garcia. A banda Zé de Albuquerque existe há três anos e foi criada pelo cantor, compositor e guitarrista Vinicius Barreiras, que convidou seu ex-aluno de guitarra, Joshua Carraro, e conta com músicos convidados para participar do projeto.
“A gente se conheceu na minha escola, Leandro Klein, em São Caetano, onde Vinicius foi dar aulas. Eu era criança e o cara me fez tocar ‘Molly’s Lips’ até cansar, aí me passou ‘Smells Like Teen Spirit’ e ‘Love Buzz’. Quando vi, já adorava Nirvana, que é hoje uma das minhas bandas favoritas”, disse Joshua sobre o vocalista e letrista.
Já as diversas influências do idealizador vão de Jorge Aragão, Zeca Pagodinho e Cartola a – pasmem! – quase todas as duplas sertanejas dos anos 90. Mas Vinicius considera influências diretas mesmo, joias como Gonzaguinha, Legião Urbana e Raul Seixas.
“Se fosse falar aqui de todas as minhas influências ficaria uns quarenta minutos pelo menos. The Beatles, Nirvana, Titãs, Cazuza, Velhas Virgens, Los Hermanos…”, conta Vinicius. O cantor escolheu gravar o álbum no Rio de Janeiro por indicação do diretor do selo Astronauta, Leonardo Rivera, que convidou o produtor Igor Bilheri (ex-Divã Intergaláctico) e os músicos Eduardo Magliano (bateria), Bronze (violões, baixo e guitarras) e Gabriel Calderon (órgão) para gravar. Também foram chamados por Igor os músicos Gabriel Mota (trompete) e Wander Angonal (trombone), que gravaram em duas faixas. “A ideia foi imprimir outra estética sonora às demos que ouviu quando Vinicius procurou o selo”, conta Leonardo.
Embora admire vários artistas estrangeiros, o vocalista da banda faz questão de escrever em português. “Não gosto de separar lirismo e a música propriamente dita, harmonia-melodia-ritmo, sabe? Pra que eu realmente goste da canção ela precisa me dizer algo com palavras e notas. Como sou brasileiro e estou no Brasil, pretendo fazer isso de modo que todas as pessoas entendam. Tenho bastante coisa pra dizer”.