Elba Ramalho – Elba Ao Vivo
Os shows de Elba Ramalho sempre foram verdadeiros espetáculos. Em 1990, o público pode levar um pouco dessa atmosfera para casa. A força e a energia da artista fizeram de “Elba – Ao Vivo” um dos títulos mais celebrados de sua (longa) carreira. A versatilidade da artista era realçada em números como “Miss Celie´s Blues”, cantada em inglês, e “Las Muchachas de Copacabana”, em que revivia seus tempos como atriz de musicais. Mas faixas como “Beatriz” e “Veja (Margarida)” comprovavam: Elba já tinha lugar cativo na galeria das grandes divas brasileiras.
Não deixe de ouvir: “Ouro Puro”
Simone – Seda Pura
A baiana Simone foi fotografada para a capa do álbum “Seda Pura” com os cabelos curtíssimos. Mas essa não era a única novidade do disco, lançado em 2001. Uma letra inédita de Cazuza foi musicada pelo parceiro Frejat e acabou virando a faixa-título. Nomes de um universo mais pop, a exemplo de Samuel Rosa e Dulce Quental, também ganharam a voz da cantora. Essa nova Simone, no entanto, não deixava o romantismo de lado, recriando as baladas “Falando Sério” (de Maurício Duboc e Carlos Colla” e “Muito Estranho” (de Dalto e Claudio Rabello).
Não deixe de ouvir: Seda Pura
Evaldo Braga – O Ídolo Negro Volume 2
O cantor Evaldo Braga ficou pouquíssimo tempo entre nós: apenas 27 anos. Mas foi o suficiente para se tornar um dos artistas mais populares do Brasil. Tanto que, desde que morreu, em 1973, seu túmulo é um dos mais visitados no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro. A devoção se mantém firme graças a músicas como “Sorria, Sorria” e “Esconda o Pranto Num Sorriso”, grandes sucessos presentes no disco “O Ídolo Negro Volume 2”, lançado um ano antes de sua partida.
Não deixe de ouvir: “Sorria, Sorria”
Evaldo Braga – O Ídolo Negro Volume 3
Quando “O Ídolo Negro Volume 3” chegou às lojas, em meados de 1973, Evaldo Braga não estava mais entre nós. A bela pintura de sua figura na capa, assinada pelo grande Benício, e o aviso “incluindo gravações inéditas” simbolizavam a despedida desse grande artista, que não tinha vergonha de ser popular. Com canções como “Eu Me Arrependo”, “A Triste Queda” e “Eu Não Sou Lixo”, Evaldo deixava seu vozeirão como grande herança para os fãs.
Não deixe de ouvir: “A Triste Queda”
Nando Reis – Luau Nando Reis e Os Infernais
As músicas de Nando Reis sempre estiveram entre as favoritas das rodinhas de amigos à beira-mar. E foi nesse clima que o cantor e compositor revisitou seus hits no álbum “Luau Nando Reis e Os Infernais”, lançado em 2006. Com versões acústicas de músicas como “Relicário”, “As Coisas Tão Mais Belas”, “Luz dos Olhos”, “Resposta” e “Por Onde Andei”, o disco foi um estouro de vendas e volta agora em versão digital. A cantora Negra Li participa da faixa “Negra Livre”, que Nando fez especialmente para ela.
Não deixe de ouvir: “Resposta”
Fafá de Belém – Sedução
Já são mais de 40 anos de carreira, recheada de grandes sucessos. Quando se fala em Fafá de Belém, fica até difícil escolher quais os mais representativos. Mesmo assim, o álbum Sedução, lançado em 2004 e que volta agora em versão digital, conseguiu fazer um belo apanhado, reunindo pérolas como “Foi Assim”, “Pauapixuna”, “Sob Medida” e “Bilhete”. Cantada com altas doses de sensualidade, a música-título, lançada em 1977, tinha a assinatura de Milton Nascimento e Fernando Brant. A compilação também trazia belas regravações de “Ontem ao Luar” e “Para Um Amor no Recife”.
Não deixe de ouvir: “Foi Assim”
José Augusto – Nosso Amor é Assim
O romantismo de José Augusto atravessa décadas, mantendo-o no hall dos artistas que sabem tocar o coração do público. Não por acaso, quando lançou o álbum “Nosso Amor é Assim”, em 1996, sua voz invadiu as rádios de todo o País com “Minha História”, versão de “La Mia Storia Tra le Dita”, do italiano Gianluca Grignani. Compositor cansagrado, nesse trabalho José Augusto mostrou que é bom intérprete, recriando com suavidade os hits “Espanhola” (de Guarabyra e Flávio Venturini) e “Só Quero um Xodó” (de Dominguinhos e Anastácia). Súdito fiel de Roberto Carlos, também prestou uma homenagem ao ídolo com “Prelúdio Para um Rei”.
Não deixe de ouvir: “Minha História”
Zizi Possi – Um Minuto Além
A cantora Zizi Possi surgiu no finalzinho dos anos 1970, em meio a um time de novas vozes femininas que sacudiu a música brasileira. Em 1981, a artista de afinação privilegiada lançou “Um Minuto Além”, o seu quarto álbum, solidificando uma carreira construída com refinamento e o aval de nomes como Chico Buarque e Gilberto Gil. O título foi tirado dos versos de “Caminhos de Sol”, canção de Herman Torres e Salgado Maranhão, bastante executada nas rádios. Mas o grande hit do disco foi “Eu Velejava em Você”, de Eduardo Dusek e Luiz Carlos Góes. Zizi também mostrou composições próprias: “Cá Entre Nós”, “Melodia”, “Constatação” e “Não Dá Mais”, essa última feita em parceria com Roberto Menescal, João Augusto e o mago Paulo Coelho.
Não deixe de ouvir: “Eu Velejava em Você”
Wilson Simonal – Rewind
Em 2004, alguns dos principais hits de Wilson Simonal foram repaginados por importantes DJs da cena nacional. Com o álbum “Rewind”, agora relançado em formato digital, o suingue do cantor ganhou novos timbres, perfeitos para as pistas de dança contemporâneas. Entre os destaques, os remixes de “Meu Limão, Meu Limoeiro” (por Mad Zoo) e “Tributo a Martin Luther King” (DJ Hum) são ótimos exemplos de seu talento para comandar a massa. Outros clássicos do saudoso cantor, como “Vesti Azul” e “Mamãe Passou Açúcar em Mim”, também ganharam versões eletrizantes.
Não deixe de ouvir: “Meu Limão, Meu Limoeiro”