LANÇAMENTOS DE CATÁLOGO – UNIVERSAL MUSIC BRASIL

O mundo digital está ganhando cada dia mais força. E a Universal Music vem ampliando ainda mais esse mercado, relançando semanalmente títulos importantes de seu acervo.

Depois de trazer de volta álbuns de Cássia Eller (Relicário); Reginaldo Rossi (Com Todo Coração / Teu Meulhor Amigo / Cheio de Amor); Wilson Simonal (Simonal / Joia, Joia / A Nova Dimensão do Samba / Vou Deixar Cair / Wilson Simonal / S´imbora); Lulu Santos (Mondo Cane), Angela Ro Ro (Escândalo / Simples Carinho / Só Nos Resta Viver), dentre outros, nesta sexta-feira (17) estarão disponíveis títulos importantes das discografias de Ney Matogrosso e Elba Ramalho, raridades de Edu Lobo e João Bosco, uma supercoletânea dos Novos Baianos e CDs marcantes de Sandy & Júnior.

E esse baú não tem fundo. Toda semana serão relançados no formato digital, para alegrar os fãs da boa música popular brasileira.

ANGÉLICA – ANGÉLICA
As madeixas louras e os olhos verdíssimos não deixavam dúvidas: a garota da capa era mesmo Angélica, a apresentadora de TV que também fazia sucesso na música. Lançado em 2001, o CD que leva apenas seu nome como título seria o último (pelo menos até agora) trabalho da carreira fonográfica da artista, que hoje se dedica ao programa Estrelas, da TV Globo. Com participação da dupla Claudinho & Buchecha, na deliciosa regravação de Destino, o disco tinha como carro-chefe Se a Gente Se Entender, versão de Linger, clássico da banda irlandesa The Cranberries.
Não deixe de ouvir: Destino

GRUPO UNIÃO – VEM ME VER
Na explosão do pagode romântico nos anos 1990, o Grupo União se destacava pela qualidade das letras e o balanço envolvente. Sem esquecer, claro, da simpatia dos integrantes. Quase 20 anos depois de seu lançamento, o CD “Vem Me Ver” está de volta para mostrar que a força de músicas como Infinito de Prazer, Dois Adolescentes e Me Cobre de Beijos continua imbatível. Preparem o churrasco, que o grupo se encarrega de ajudar no clima de paquera.
Não deixe de ouvir: Dois Adolescentes

EDU LOBO – SÉRIE ELENCO: CANTIGA DE LONGE
A discografia de Edu Lobo é das mais respeitadas, todos sabem. Mas os trabalhos que o cantor e compositor lançou pelo selo Elenco são considerados verdadeiras obras-primas. Cantiga de Longe, um deles, traz na ficha técnica nomes como os de Hermeto Pascoal (dividindo os arranjos com Edu) e Aírto Moreira (e sua percussão azeitada). Entre parcerias com Ruy Guerra, Gianfrancesco Guarnieri e Capinam, o disco tem os clássicos Casa Forte, Mariana, Mariana e Zanzibar entre os destaques.
Não deixe de ouvir: Mariana, Mariana

JOÃO BOSCO – CABEÇA DE NEGO
Em 1986, o cantor João Bosco lançava Cabeça de Nego, considerado pela crítica um dos grandes títulos de sua discografia. Entre composições inspiradas como Bote Babalu Pra Pular no Pagode (que teve a execução pública proibida pela censura, mesmo em tempos de abertura política) e a faixa-título, o mineiro inaugurava parceria com o carioca Martinho da Vila em Odilê, Odilá, também gravada por Elba Ramalho no mesmo ano.
Não deixe de ouvir: Odilê, Odilá

JOÃO BOSCO – GAGABIRÔ
Em 1984, o mineiro João Bosco já era um dos nomes mais importantes da música brasileira, gravado por nomes como Elis Regina e Clara Nunes. No entanto, ele nem sonhava com o sucesso que alcançaria ao lançar, naquele ano, o disco Gagabirô. Afinal, o megahit Papel Marché foi o grande destaque do CD, que ainda trazia parcerias com Belchior (Senhora do Amazonas) e, claro, Aldir Blanc (Jeitinho Brasileiro e Dois Mil e Índio entre elas).
Não deixe de ouvir: Papel Marché

EVALDO BRAGA – O ÍDOLO NEGRO VOLUME 2
O cantor Evaldo Braga ficou pouquíssimo tempo entre nós: apenas 27 anos. Mas foi o suficiente para se tornar um dos artistas mais populares do Brasil. Tanto que, desde que morreu, em 1973, seu túmulo é um dos mais visitados no Cemitério de São João Batista, no Rio de Janeiro. A devoção se mantém firme graças a músicas como Sorria, Sorria e Esconda o Pranto Num Sorriso, grandes sucessos presentes no disco O Ídolo Negro Volume 2, lançado um ano antes de sua partida.
Não deixe de ouvir: Sorria, Sorria

EVALDO BRAGA – O ÍDOLO NEGRO VOLUME 3
Quando O Ídolo Negro Volume 3 chegou às lojas, em meados de 1973, Evaldo Braga não estava mais entre nós. A bela pintura de sua figura na capa, assinada pelo grande Benício, e o aviso “incluindo gravações inéditas” simbolizavam a despedida desse grande artista, que não tinha vergonha de ser popular. Com canções como Eu Me Arrependo, A Triste Queda e Eu Não Sou Lixo, Evaldo deixava seu vozeirão como grande herança para os fãs.
Não deixe de ouvir: A Triste Queda

BIQUINI CAVADÃO – A ERA DA INCERTEZA
Entre os discos mais importantes da carreira do Biquini Cavadão, A Era da Incerteza foi – curiosamente – feito sob a pressão do sucesso. Afinal, o primeiro LP da banda era puxado pelas faixas Tédio, Timidez e No Mundo da Lua, que se tornaram hinos daquela década. Mas o que poderia ser um desastre, revelou-se um trabalho inspirado, composto quase que totalmente dentro do estúdio. Naquele ano de 1987, músicas como Ida e Volta, Dança Tonta e Catedral reafirmaram a qualidade do grupo, até hoje em plena atividade.
Não deixe de ouvir: Ida e Volta

NOVOS BAIANOS – BRASIL PANDEIRO – O MELHOR DE NOVOS BAIANOS
Os Novos Baianos estão entre os maiores tesouros da nossa música. E essa coletânea, lançada em 1996, oferece um belo painel do trabalho do grupo, que tinha Baby (ainda) Consuelo, Pepeu Gomes, Moraes Moreira, Paulinho Boca de Cantor e Luiz Galvão na linha de frente. Joias como Preta Pretinha, Acabou Chorare, A Menina Dança e O Mistério do Planeta resistem ao tempo e encantam novas gerações de músicos e de fãs. Os anos passam, mas esses baianos continuam novos e eternos.
Não deixe de ouvir: Acabou Chorare

SANDY & JUNIOR – AO VIVO NO MARACANÃ
Pelo campo do Maracanã, já passaram craques da música como Frank Sinatra, The Police e Madonna. Poucos brasileiros, no entanto, tiveram cacife para se apresentar nesse icônico estádio. Em 2002, os irmãos Sandy & Júnior – no auge da popularidade – toparam o desafio e contaram com mais de 70 mil fãs para eternizar aquele momento. Sucessos como A Lenda e Quando Você Passa (Turu Turu) dividiram espaço com novidades como Uninvited (do repertório de Alanis Morissette) e Como é Grande o Meu Amor Por Você (com a própria Sandy ao violão).
Não deixe de ouvir: Quando Você Passa (Turu Turu)

NEY MATOGROSSO – NEY MATOGROSSO (1981)
Sempre à frente de seu tempo, Ney Matogrosso lançou em 1981 um disco que antecipava muito da sonoridade que se ouviria ao longo daquela década. Com sintetizadores fazendo a cama, o cantor emplacou um sucesso atrás do outro, indo de Amor Objeto, presente do casal Rita Lee e Roberto de Carvalho, a Vida, Vida, tema de abertura da novela Jogo da Vida, sem esquecer de Homem com H, o “forrock” que marcou sua carreira. Mas como Ney – mesmo de olho no futuro – não esquece as tradições, o maestro Severino Araújo e sua Orquestra Tabajara também entravam em cena para embalar Espinha de Bacalhau, que ainda trazia a voz cristalina de Gal Costa.
Não deixe de ouvir: Homem com H

NEY MATOGROSSO E AQUARELA CARIOCA – AS APARÊNCIAS ENGANAM
Ao longo de sua carreira, Ney Matogrosso fez vários trabalhos em parceria com outros músicos, como Raphael Rabello e Pedro Luís e a Parede. Entre esses encontros, destaca-se o disco As Aparências Enganam, de 1993, em que o cantor dividiu as faixas com o grupo Aquarela Carioca. No repertório, a releitura de Sangue Latino, clássico dos Secos & Molhados, convivia harmoniosamente com canções de Alceu Valença, Caetano Veloso e Jorge Ben Jor.
Não deixe de ouvir: FM Rebeldia

ELBA RAMALHO – CORAÇÃO BRASILEIRO
Desde o final dos anos 1970, um furacão chamado Elba Ramalho dominava a cena com sua azeitada mistura de ritmos nordestinos. Frevo, forró, xote, maracatu e baião: tudo isso cabia em seu caldeirão. E o disco Coração Brasileiro, de 1983, acentuava ainda mais essa característica, indo do frevo Banho de Cheiro ao forró Toque de Fole, em uma verdadeira aula de cultura brasileira. Mas a grande intérprete romântica já se fazia presente em Ai Que Saudade d´Ocê, de Vital Farias.
Não deixe de ouvir: Banho de Cheiro

ELBA RAMALHO – DO JEITO QUE A GENTE GOSTA
Do jeitinho que Elba Ramalho e seu enorme público gostavam, o disco lançado pela cantora em 1984 mantinha a receita de sucesso, com forrós, frevos e outras iguarias nordestinas, feitas para não deixar ninguém parado. Mas, embora gravado em estúdio, o destaque ficava para a última faixa, registrada ao vivo: Nordeste Independente, um repente que Elba interpretava com a força de uma autêntica roqueira. Não por acaso, ganhava apelidos como Madonna do Agreste ou Tina Turner do Sertão. E ela adorava as comparações.
Não deixe de ouvir: Nordeste Independente

ELBA RAMALHO – FOGO NA MISTURA
Em 1985, Elba Ramalho colocou mais Fogo na Mistura de seu caldeirão sonoro. O flerte com os ritmos latinos ficaram evidentes em faixas como No Caminho de Cuba e Como Se Fosse a Primavera. Mas foi o romantismo de De Volta pro Aconchego, de Dominguinhos e Nando Cordel, que se destacou, no embalo da novela Roque Santeiro, transformando-se no maior sucesso da carreira da artista.
Não deixe de ouvir: De Volta pro Aconchego

ELBA RAMALHO – POPULAR BRASILEIRA
“É bonita, erudita, popular brasileira”, diziam os versos da faixa que batizava o álbum lançado por Elba Ramalho em 1989. E resumia bem o que a cantora havia conquistado ao longo da década que se encerrava: ela era Popular Brasileira. Afinal, Elba foi uma das grandes responsáveis por colocar ritmos até então restritos ao Nordeste nas paradas de sucesso de todo o Brasil. Para variar, o disco emplacou hits como Jogo de Cintura e Vê Estrelas, ambas de Nando Cordel.
Não deixa de ouvir: Vê Estrelas